Em Portugal a penetração de Internet terá aumentado 200 por cento no ano passado, para os 73,8 por cento. Ou seja, 7,7 milhões de portugueses já terão acesso à Internet. O número, que consta de um estudo desenvolvido pela Fundação Orange, coloca Portugal à frente de países nórdicos tipicamente lideres no acesso à banda larga em quase todos os estudos da OCDE como a Dinamarca, por exemplo. De mesma forma, o estudo publicado pela Lusa faz de Portugal o país que mais cresceu no acesso à Internet entre os países mediterrânicos e onde se conjugaram um maior número de factores a evoluir favoravelmente.

Os números, que já mereceram o destaque do gabinete do Plano Tecnológico, empolam fortemente outros indicadores conhecidos - apurados dentro ou fora de Portugal - e que normalmente não atribuem ao país uma penetração de Internet superior a 40 por cento. Números da UE atribuem a Portugal uma penetração de Internet na ordem dos 31 por cento e dados da Marktest apontam para cerca de 46 por cento, já no decorrer deste ano. A Anacom apurou no final de 2006 1,6 milhões de acessos Internet pela rede fixa.

Bem classificado em termos gerais, Portugal é referido no estudo com algumas más classificações mais particulares. Nomeadamente no que se refere à formação, ao comércio electrónico (realidade para menos de 2 por cento dos portugueses) ou ao número de empresas com página web (45 por cento, contra uma média em torno dos 70 por cento no resto da Europa).

Pela positiva o estudo destaca a elevada percentagem de portugueses que procura emprego online ou que usa a rede para pesquisa de informação sobre saúde.

O documento - que nas referências estatísticas usa números do World Stats - também revela que no ano passado surgiram na Europa 22 milhões de novos utilizadores de Internet, que aumentaram para 312,7 milhões o número de subscritores do serviço no início deste ano.